sexta-feira, 19 de julho de 2013
Saúde de Arraial: ainda tem jeito!
Sei que a todo o momento, o HGAC é criticado (muitas das vezes, não sem razão) e, principalmente, a saúde no nosso município. As críticas são principalmente pelo fato de que na história de nossa cidade, nunca tivemos tantos repasses de verbas estaduais e federais. Haja vista que hoje somos um município rico (“nossos” royalties “pularam” de R$ 6.000.000,00/ano para R$ 120.000.000,00 /ano) não são mais aceitáveis desmandos, ausência de recursos e incompetência técnico/administrativa.
Tomo por exemplo o tempo que minha sogra ficou internada no HGAC: no período que lá permaneceu (10 dias, deu entrada no dia 02/07 na emergência, dando alta no dia 12/07/2013 na hora do almoço), após 18 horas foi transferida para a clínica médica, esperando 36 horas por uma radiografia (ficando 48 horas em jejum, somente no soro e tomando medicamentos), esperou 56 horas por um ultrassom (que após eu intervir, se transformou numa tomografia computadorizada).
Não é a primeira vez que recorremos ao HGAC nessa administração, mas é decorrente e latentes quais são os principais problemas do quadro de “enfermidade” que se encontra a Secretaria Municipal de Saúde: transparência na gestão, condição de trabalho e valorização do material humano (em especial aos funcionários concursados e efetivados). É ausente a presença de pessoas com postura, autoridade e respaldada pela administração para solucionar desde os pequenos problemas, quantos aqueles mais complexos.
Existem absurdos como ausência de alguns medicamentos (não havia Luftal), exames de fezes e pacientes quase que “mandados embora” em plena madrugada pela recepcionista do plantão (que acredito não ser credenciada para aconselhar pacientes), ao afirmar que naquele momento não havia pediatra e “RX” para atender uma criança de 3 anos de idade com suspeita de fratura (averiguei posteriormente que o RX estava funcionando, precariamente, portanto somente para emergências). Fica a pergunta quem é essa profissional, qual seu conhecimento técnico para se manifestar dessa forma? Não seria absurdo remanejar essa profissional para outro setor ou mesmo demiti-la. Absurdo também é não termos ultrassom, tomografia (o exame feito em outro município resulta numa espera superior a 15 dias para ter acesso ao laudo), ressonância, novo aperelho de RX, entre outros (se bem que nossa “bendita” UTI até hoje, seu efetivo funcionamento, é “promessa de campanha”).
Graças a Deus minha sogra foi assistida com muito carinho e cuidado pelo corpo de enfermagem, passando pelos médicos Dr. Sérgio e Dra. Viviani e demais funcionários (“SG”, maqueiros, motoristas, recepcionistas, central de vagas, carteirinha, cozinha, farmácia, etc.).
Ponto positivo que tenho que ressaltar também, é a atuação da Sra. Ieda Macedo e Sr. Carlinho de Grima, sempre solícitos e disponíveis, nos ajudando muito.
A todos que desempenharam bem sua função (não por mera obrigação, mas por dever e amor ao próximo) nossos mais sinceros agradecimentos e muito obrigado. O que nos permite acreditar que a "saúde" de Arraial do Cabo ainda tem jeito!
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